sexta-feira, 29 de julho de 2016

E se eu for sem você?



   São duas horas da manhã. Prometo para mim mesma que estou dando o último gole no vinho quando decido encher a taça mais uma vez. Já perdi a conta de quantas vezes a virei na espera de uma ligação durante esta madrugada.  Uma ligação de alguém que insisto em dizer que se importa.
    É estranho quando dizemos que já sofremos por amor no passado quando conhecemos alguém que consegue superar todas as expectativas em relação a isso, porém o amor não consegue te deixar o abandonar. As mãos tremem escrevendo a mensagem pela milésima vez e apagando após.
   Devo enviar. Não, não devo. Ele sequer se importou em saber se eu estava bem. Digito as primeiras palavras. Apago. Abafo minhas lágrimas que insistem em cair na esperança de que ele sinta a mesma dor que sinto no meu peito esse momento. Mas, as horas passam, e continuo na expectativa de que no outro dia tudo irá mudar.
    Fico me perguntando se, talvez ,ele esteja sentindo a minha falta, como sempre diz no dia seguinte quando aparece após minhas insônias nas madrugadas. Ele parece me observar enquanto eu estou caindo, e eu simplesmente pareço estar acomodada com a situação.
    E se um dia, eu decidir partir? Não atender mais as ligações e começar a executar o que eu sempre digo: "Essa é a última vez". E se um dia eu for sem você, e por ironia, encontrar outro beijo que me satisfaça e outra alma que me faça feliz? A superação seria fácil? Não me ter nos braços, não sentir o meu suor no seu corpo e o abafado da minha respiração no seu ouvido, sabendo que eu estaria compartilhando isso com outra pessoa. Sabendo que eu estive aqui, sentada, olhando para algumas garrafas, idealizando momentos que nunca existiram.
    Dei o último gole diretamente da garrafa do último vinho que restava. Minha visão está desfocada e minha mão trêmula, deixando a garrafa de vidro cair no chão. São seis horas da manhã. Madruguei esperando por algo e sequer vi alguma resposta. Aparecer no dia seguinte agindo como se fosse algo normal é um dos truques, porém não para mim mais.
    Preciso te tirar da cabeça. Tudo está rodando, mas o que eu lembro é que preciso disso. Preciso...Tirar. Amor não machuca, não traí, não mente. Amor não causa agonia. E tudo está fora do lugar. E estou no chão da sala. E estou pegando no sono. Estou esperando por algo que me faça ficar, mesmo sendo a única que queira isso. E tudo está acontecendo mais uma vez, até o meu coração cansar e decidir partir sem você.



História fictícia. 

Eu quero ser o melhor pra mim.



 Eu quero ser o melhor pra mim, não o melhor de alguém. Quero poder acordar pela manhã e fazer o meu próprio café, escolher a minha roupa e ir ganhar mais um dia. Quero poder andar pelas ruas com as mãos soltas, tendo um olhar que transborde confiança. Quero poder sair em uma sexta a noite e não me importar em como me divertir. Quero poder deitar a cabeça no travesseiro tranquilamente todas as vezes em que eu for dormir, sem preocupações e tendo a certeza de que mais um dia corri atrás dos meus objetivos.
 Quero ser inteira. Realizada. Independente. Quero experimentar a liberdade. Quero convidar alguém para dividir uma bebida comigo em uma terça-feira a tarde simplesmente porque jogar conversa fora me faz bem, não porque preciso de uma companhia. Quero diversas opções para passar um final de semana com os amigos: Seja na praia, campo, balada. Quero sentir o gostinho amargo inicial de chegar em casa todos os dias e me encontrar sozinha, porém em seguida me sentir livre para ir onde eu desejar.
 Eu demorei para descobrir o que faltava na minha vida e para deduzir o quanto a realização da minha independência irá me fazer feliz. Demorei para descobrir que eu não preciso aceitar o perdão de quem só me deu valor após me perder, ou que eu simplesmente não preciso passar noites em claro por consequência de um coração machucado. Demorei para esquecer os choros abafados no telefone e até aceitar me ver sozinha (Mesmo que a solidão também estivesse presente quando eu insistia em idealizar alguém).
 Por fim, percebi que a mudança não deveria partir de outras pessoas, e sim de mim. Percebi que me olhar no espelho todos os dias e perceber o quão eu era bonita não era um pecado, e sim um jeito de eu começar a ver o quanto eu precisava de algo bem maior do que eu estava recebendo. E olha, é difícil, mas consegui. Aceitar que o outro nos valorize ao invés de nosso próprio ego nos incentivar é um erro, por isso começar a se libertar é a melhor maneira de ser feliz. E então, posso te afirmar com toda certeza: Ao atingir o seu melhor, sua liberdade e realização, verá como é fácil encontrar alguém que apenas chegue e comece a transbordar toda a paz que já existe dentro de você. Após isso, seja como eu: Seja feliz.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Tenha orgulho de ser você.




 É incrível como aprendemos desde criança o que devemos dar valor, ou não. Seja por coisas fúteis, ou até mesmo por pessoas. O fato de se importar demais com o que dizem, sentem, pensam, e como agem em relação a nós, parece ter virado um motivo para se distanciarem. Acho que todo mundo já passou por um momento assim, que você demonstra se importar pela pessoa, e ela começa aos poucos a se distanciar. Lógico que não é sempre, entretanto isso ocorre não só com alguém que você está tendo algum sentimento, mas também com amizades.
    Eu sempre fui a da turma que todos falam ser a mais sensível, ou "a que se importa demais". E eu me importava tanto, que comecei a aceitar o que faziam para evitar conflitos.  E é óbvio que as pessoas mesmo sabendo disso, muitas vezes elas mesmas usam desse detalhe para agir contra. Como, por exemplo, as vezes sequer pode abrir a boca que alguém já pensa estar no direito de dizer algo como "Você é complicada, é intensa demais", ou simplesmente não concordar com o que dizemos e virar a cara. Com o tempo, fui aprendendo a me inferiorizar,  concordar com o que dizem, aceitar as opiniões que dão sobre a minha própria vida para não perder um amor ou amizade.
    E isso foi um erro. Eu vejo muitas pessoas que seguem o mesmo caminho que eu segui durante muito tempo. Por ter um coração que transborda e ser completamente dependente de pequenos afetos, aceitam algo que as machuca por medo. Não digo que é fácil mudar. Na verdade, esse momento de transição para começar a impor o que acha e acredita é o mais complicado. Mesmo que sempre tenha feito de tudo para os outros sem querer receber nada em troca, até muitas vezes fazer algo que não queria ou que não gostava só pra ver alguém feliz, vai ser esquecido, pode ter certeza. Geralmente nossos atos não são valorizados, e assim irá continuar, caso tenham se acostumado com o seu jeito de prender seus sentimentos dentro do peito sempre aceitando o que dizem.
    Primeiramente, pense em algo que deve levar para o resto da vida: A culpa não é sua. Isso mesmo. Ninguém nunca me disse isso, mas quero passar para você: A culpa não é sua de se importar demais, de se doar demais em um mundo ao qual as pessoas vivem por status ou por desapego. A culpa não é sua que aquele cara não te valorizou, ou que aquela amizade se distanciou porque após tanto tempo, você começou a dizer o que pensa. Pense que tudo é uma questão de maturidade. Quem realmente gosta de você, não irá te abandonar. E olha, te menosprezar e te rebaixar, não é um sinal de que a pessoa queira ter um diálogo e se resolver.
   Gosto de acreditar que todas as pessoas tem a sua própria energia: Após um tempo, a energia de alguém não se encaixa mais com a sua, e é quando está na hora de partir. Eu aprendi que é muito difícil conviver com pessoas tão vazias enquanto eu me apego em cada mínimo sentimento, mas a vida me ensinou a escolher. E é o que deve fazer também. Ora, o que adianta tentar ser legal com alguém e o mesmo não se importar? Ou quando você praticamente faz tudo, e quando tem um mínimo erro, é julgado? Na verdade, o ser humano sempre irá visar os seus erros, e não a quantidade de tempo que você esteve ali, ao lado dele.
    Portanto, seja você. Não omita seus sentimentos e o quanto se importa quando alguém começa a tentar te mostrar que irá sofrer com isso. Sofrer com o quê? Você é assim! E seja feliz por ter tantos fogos de artifícios dentro de si enquanto os outros não conseguem nem uma faísca. Não te digo que irá quebrar a cara, pois vai. Inúmeras vezes. Mas é com isso que vai começar a ver quem deve continuar transbordando em sua vida.
    Não adianta viver com apenas um anseio no coração de demonstrar o que sente. Sinta, demonstre, se importe. E sinta quantas vezes quiser! Se apegue, ria mesmo, abrace mesmo. Seja a que sente demais, ama demais, e não tenha insegurança disso: Apenas tenha medo de um dia, você perder sua intensidade por receio do que os outros vão dizer.
    Quando finalmente começar a seguir a sua vida conforme o jeito que achar melhor, verá como muitos irão começar a se distanciar, mas o quanto de amizades ou amores novos e verdadeiros irão surgir. Tenha orgulho de ser você, que o mundo espera por pessoas assim. Posso te dizer que ainda não entendo o que se passa na mente de quem tem medo de se relacionar, em todos os aspectos, com um alguém tão intenso, mas cheguei a conclusão de que se eu sou assim, preciso de pessoas com uma energia tão forte como a minha. E é o que precisa também. De pessoas que, de tão evoluídas, sentem, amam e compartilham de uma maneira tão pura e doce que vai te fazer querer ficar, sendo assim, do jeito que é: Intensamente intenso.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Não desista de remar.



  Certa vez, quando eu era criança, a professora da época tinha lido uma fábula ao qual o moral da história era "Não saia do barco. Não desista de remar". Ela tinha afirmado que entenderíamos isso mais para frente, quando fossemos maiores. Como eu era pequena, sequer me importei com o que ela disse e assim o tempo continuou passando.
  Incrivelmente, após vários anos me vi pensando de novo sobre a tal moral dessa história. É assustador como acontecem tantas adversidades na nossa vida e vez ou outra tudo o que queremos é uma pausa para respirar, ou optar pelo método mais simples, que seria desistir.
   Mas desistir do quê? Dos sonhos? Das histórias que ensaiamos antes de dormir torcendo para que ela aconteça no dia seguinte, mas simplesmente por medo, a gente recua? Ou por consequência de um coração ferido, inúmeras vezes pensamos em abandonar o barco e seguir a vida sozinha?
   Opa. Espera aí. Como assim, abandonar o barco? O barco seria então, nossas vidas? Novas experiências? Sair do barco e desistir de remar seria apenas aceitar que não deu certo e parar de tentar? Foi ai, então, que eu entendi o que eu ouvi quando tinha meus meros dez anos de idade.
  Desistir de algo só porque não deu certo antes, não significa que devemos desistir para o resto da vida. Isso é desistir de remar nosso próprio barco. É previsível dizer que para chegar a nossa felicidade devemos primeiro passar por muitas dificuldades e aguentar firme, mas é uma verdade. Lógico que não concordar com a parte de encontrar a felicidade é uma opção, pois para diversas pessoas ela se encontra em todos os caminhos e opções que seguimos na vida, assim como eu acredito fielmente.
 Entretanto, para que aconteça o que queremos e sonhamos, é necessário corrermos atrás. E, meu caro, pode ter certeza que essa é a parte mais complexa. Você irá lidar com pessoas que irão te desejar várias coisas, ora boas ou ruins, assim como existirá tantos obstáculos que chegará um ponto ao qual você não saberá mais o que fazer. Muitos não irão confiar em você e na sua capacidade.
  Porém, é ai que eu te digo: Quem precisa confiar além de você mesmo em seus ideais? Lógico, é sempre bom ter um apoio, mas se não tiver, pode ter certeza que isso não significa que o que está fazendo é errado. Na verdade, tudo o que você acredita ser certo para seu próprio futuro, é o que deve fazer. Se o que acredita irá te fazer feliz, vá em frente. E como diria aquela minha professora sábia: Não desista de remar. Ninguém irá te levar para onde deseja, muito menos viver os seus sonhos. Então, para que não correr atrás? Existe uma grande possibilidade de dar certo. Apenas acredite.

domingo, 24 de julho de 2016

Rabisco número #1



"Escrever ameniza o que sentimos". Sempre tenho essa frase em mente quando estou passando por algum momento, seja bom ou ruim. Escrever é um refúgio, mas ler algo e se identificar traz uma sensação de alívio tão boa que eu espero um dia as pessoas se identificarem com o que eu escrevo. Sempre tive blog, mas nunca divulguei e sempre senti um pouco de vergonha em relação aos meus textos, além de se preocupar com o que podem pensar sobre. Massss, vamos lá né? Quero começar um novo e seguir o que quero, espero de verdade que vocês gostem!
 Meu nome é Nayara Disangela (Geeente, Disangela é nome, tá? É um nome composto, mesmo que estranho! Hahaha) tenho 19 anos e sou estudante de Fonoaudiologia na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP. Fiz um ano de Psicologia, porém desisti. Sou da área da saúde pelo cuidado e atenção que precisamos ter com os pacientes, acho isso fascinante!
 Eu amo fotografia, textos, livros, música, e tudo mais que me inspira. Sou fã do Johnny Depp, apaixonaaaaaada por moda e maquiagem (Ai gente, jeito mulher de ser! Hahah). Confesso que tenho uma dificuldade imensa de expressar o que sinto, além de sentir demais. Sou muito sensível, tudo que eu sinto na minha vida, sinto com intensidade. Se eu amo, amo demais. Parece ser algo clichê, mas não consigo ser algo ou ter alguém pela "metade". Eu transbordo.
 Masss enfim gente, tenho muitas ideias e tópicos legais pra abranger aqui!! Vai ser meu cantinho ao qual vou deixar minhas escritas e espero de coração que vocês se encontrem aqui também. Se tudo der certo, mais pra frente tem mais novidades! 
E, vamos lá né? Conto com a ajuda de vocês! 


- Para quem quiser conhecer um pouco dos meus textos (Era um diário virtual): Aqui!
- Página oficial do blog: Aqui! 
(Ainda está com as atualizações do meu blog antigo gente, tenham calma! Haha)