sábado, 15 de outubro de 2016

A vida é curta demais para não amar.



Certa vez, ouvi minha mãe dizer que a vida era curta demais. Não entendi muito bem até uns dias atrás perceber que ela me disse isso há seis anos. De lá para cá, vivi diversas coisas. Sendo boas, ruins, maravilhosas e péssimas. Conheci várias pessoas também: Algumas ficaram, outras estiveram aqui apenas de passagem. Contudo, fez-me perceber como os momentos gradativamente vão sendo estocados apenas na memória, retirando disso apenas aprendizagens.
 Após perceber isso, comecei a refletir sobre o quanto de mim depositei em todos os atos que executei até agora, e respirei aliviada. Felizmente, sempre fui do tipo que ama intensamente, e que coloca cada parte do coração naquilo que faz, mesmo que as vezes não dê certo no final: A consciência tranquila sempre valeu mais.
 Ultimamente vejo um mundo repleto de seres humanos com receio de amar. Não sei se eles ainda não perceberam que a vida passa em um piscar de olhos, mas a insegurança anda trazendo para o mundo uma energia carregada, ao qual alguém tem medo de se entregar porque, por consequência, a outra pode partir o seu coração. Não demonstrar o que sente ou não valorizar parece ser um refúgio para salvação do sofrimento alheio.
 Não vou dizer que não sofri por amor- Aliás, já sofri um bocado. Entretanto, não vejo como uma válvula de escape a opção de ficar sozinha. Não que isso seja ruim, aliás, defendo a ideia de que para amar alguém, deve estar feliz consigo mesmo. Mas também estar assim por medo, é um erro enorme. Sei que a dor de sofrer por amor é algo inexplicável. Mas, ei, qual o problema em tentar novamente? E se der errado, tentar de novo. E de novo. E de novo.
 Não precisa pular de galho em galho achando que está amando verdadeiramente. Contudo, se você está amando e esse sentimento é recíproco, simplesmente agarre! Não o deixe ir. Não o machuque por medo ou insegurança. Não deixe que outros interfira na sua felicidade. Aliás, como eu citei, a vida é curta para não sentir a sensação tão gostosa e inexplicável de poder deitar nos braços de alguém, sabendo que a pessoa está sentindo o mesmo também.
 Por isso, digo-te: Não é fácil amar. Afirmo isso após todas as dores que ainda sinto. Porém, não desisto de acreditar mais uma vez. Já se passaram seis anos que ouvi tal confirmação da minha mãe, e hoje entendo perfeitamente o que ela quer dizer. Por isso, não deixarei de demonstrar sentimentos por receio. Essa é a melhor parte de mim, e sei que um dia alguém irá valorizar isso. E quando esse dia chegar, estarei pronta e com a certeza de que estou aqui para me entregar inteiramente, mais uma vez. Não tenho medo de ser assim: Espero que você também.

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